O seriado Chaves estreou no México em 1971. Três anos após a fundação do SBT, em 1984, o episódio “Caçando Lagartixas” foi transmitido no programa do palhaço Bozo. Na época, a emissora de Sílvio Santos fechou um contrato com a Televisa, canal proprietário dos direitos autorais da série. Roberto Gómez Bolaños, o criador de Chapolin e Chaves, abriu as portas do mercado internacional à TV mexicana. Com apenas dois anos de existência, os seriados eram recorde absoluto de audiência em quase toda a América Latina. Ambos os programas já foram exibidos em aproximadamente 120 países e dublados em mais de dez idiomas. Brasil e Venezuela são responsáveis por grande parte do fanatismo acerca das séries. Basta uma rápida busca na Internet para encontrarmos inúmeros sites especializados. “É difícil imaginar alguém que não goste de Chaves. Ele é intocável e não admito que discordem disso”, afirma o criador do site viladochaves.com, Felipe Ernesto Casagrande, 20 anos. “No início, há quatro anos, era dedicado somente ao personagem Seu Madruga. Recebi um convite de um visitante [atual colunista] para montarmos um site mais completo”, relata Casagrande. Após o crescente número de visitas e e-mails, e de indicações nos sites BOL e Fábrica de Quadrinhos, os dois rapazes aperfeiçoaram o conteúdo e o design. Hoje, o site possui cerca de 40 mil acessos mensais. Com 25 anos de história no Brasil, Chapolin e Chaves atingem diferentes classes sociais, idade e sexo. Os índices de audiência sempre foram altos, chegando a “derrubar” telejornais e novelas em horário nobre. “O sucesso alcançado se deve à genialidade de Bolaños, do humor inocente, algo dificílimo nos dias de hoje, e da identificação que cada brasileiro tem com os personagens”, opina Casagrande. Goste ou não, o fato é que o humor apresentado é de fácil decodificação. Na série, existem todos os estereótipos unidos na mesma vila e, na maior parte do tempo, convivem harmoniosamente. Para o criador do site, este é o reflexo da nossa sociedade e é por este motivo que o seriado se tornou universal. Aos 80 anos de idade, Bolaños não pára de produzir: atualmente escreve três livros com temas variados e um roteiro de cinema para um filme sobre o herói trapalhão, Chapolin Colorado. Essa incansável rotina de produção é uma das principais marcas do humorista. “Ele continua lúcido e tem consciência de que criou um sucesso que se estenderá por muitas gerações”, conclui Casagrande. |
terça-feira, 28 de abril de 2009
Seriado mais antigo em exibição
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