segunda-feira, 20 de abril de 2009
Promessas de Amor ultrapassa o limite da ''ruindade''
Juro que não é implicância! Gosto do trabalho de Tiago Santiago, mas Promessas de Amor é ruim demais. Não consigo nem mesmo assistir todos os dias... Nada na trama me envolve ou atrai minha atenção. Para piorar a mistura da história romântica realista com as aventuras dos mutantes não vêm dando resultado. Os seres especiais de Caminhos do Coração (2007) e Os Mutantes (2008) estão completamente perdidos na história. Dá até pena! Sempre curti a Gór (Julianne Trevisol), por exemplo, mas o rumo da personagem foi totalmente deturpado. Estou com esperança de que o romance entre Juno (Carla Diaz) e Lúcio (Celso Bernini) dê algum caldo à novela. Pelo que estou vendo será um Romeu & Julieta em versão mutante... Pensando bem... Ai que medo!
Mas vou aguardar...
Do lado “normal” da história a situação não é muito diferente. A trajetória de Sofia (Renata Dominguez) é tão improvável que chega a ser ridícula. Mesmo a desculpa de ser um folhetim clássico não convence. Você pode escrever uma história rocambolesca, mas ela precisa fazer algum sentido, caso contrário, vira um samba do crioulo doido. Renata Dominguez é uma boa atriz e é nítido seu esforço para dar alguma credibilidade à sua personagem. Ela tem garra e se desdobra para fazer de Sofia alguém que nos cative. Mas não tem matéria-prima que sustente suas boas intenções. Para piorar, tem como galã a inexpressividade em forma de gente. Luciano Szafir é bonitão, charmoso, mas não tem condições de interpretar um papel dramático como Amadeus. Com um parceiro tão fraco, Renata não tem com quem bater bola e fica fazendo embaixadinhas, solitária, solitária... Tadinha!
Léo Rosa, ao menos, evoluiu bastante como ator. Seu Nestor é irritante, cínico, debochado, sonso... Um vilão que me tira do sério e isso é uma bênção num cenário tão árido como Promessas de Amor nos apresenta! Novela tem que provocar emoções na gente. Qualquer uma: raiva, amor, compaixão, cumplicidade... O importante é mexer com o público.
Entre os pontos positivos está a volta de Adriano Reys, na pele de Tonho, pai de Amadeus. Cresci vendo Adriano em cena. Ele foi o Natércio da primeira versão de Ciranda de Pedra (1981); o Jean-Pierre, de Sétimo Sentido (1982); o Leandro, de Final Feliz (1982); o Vinícius, de Amor Com Amor se Paga (1984), e o Renato, de Vale Tudo (1988), entre outros... A novíssima geração de telemaníacos não conhece Adriano. Ele sempre teve uma classe impressionante e passava essa elegância para seus personagens, geralmente, homens fortes e bem sucedidos. Agora ele vive um papel diferente em sua vitoriosa carreira, mas sua categoria permanece ali, firme e forte. É sempre um prazer vê-lo em cena.
Promessas de Amor vai passar por uma mudança radical depois que Amadeus escapar de um atentado armado por Nestor, ser dado como morto, mas ressurgir como Bernardo, irmão gêmeo do “falecido”. Vou torcer muito para que Luciano Szafir consiga dar ao menos alguma verdade a essa situação. Ou então podemos esperar por uma verdadeira catástrofe! Jesus, me abana!
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