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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Entrevista com Renata Dominguez

"Tenho um desgaste emocional muito grande, porque sinto dificuldade em sair dos papéis", conta a atriz que está no ar como a Sofia, em "Promessas de Amor"

Sabe aquela história de que o ator acaba levando o personagem para casa? Renata Dominguez sabe bem como é. Cada vez que enfrenta um papel complicado, a bela vai para a terapia. "Tenho um desgaste emocional muito grande, porque sinto dificuldade em sair da personagem", diz ela, que tem consciência de que o sofrimento é desnecessário. "Eu me deprimi quando fiz a Cecília de Bicho do Mato", relata. Intensa, porém, é difícil segurar as emoções, ainda mais com heroínas e vilãs marcantes. "Eu mexo nas minhas feridas e isso é um risco muito grande. Procuro ser alguém, não fazer alguém", explica a carioca de 29 anos.

E não será desta vez que Renata vai se livrar do divã. Ela é o principal nome de Promessas de Amor, a continuação (mais realista) da saga dos mutantes. "Sofia começa a trama frágil, porque perdeu os pais num acidente em que ela foi a única sobrevivente. E se apega ao namorado violento que a espancava, mas, ao longo da história, vai revelar seu caráter heroico", diz a intérprete da sofrida professorinha, que precisa fugir de Ferraz (Juan Alba) e escapar das garras do vilão Nestor (Léo Rosa). Tudo para encontrar a paz ao lado de Amadeus (Luciano Szafir). Ou seja, uma típica mocinha dos folhetins.

"Promessas de Amor é completa. Quem gostava dos mutantes vai assistir, porque eles continuam nas tramas paralelas, mas a novela vai agradar também ao tradicional noveleiro", explica a atriz, que, na nova história de Tiago Santiago, dará aula justamente para as crianças mutantes. Segundo Renata, Sofia só tem em comum com ela "o medo da solidão e o romantismo".

Mocinha sem chatura


Depois de dar vida a uma vilã tão maquiavélica quanto a Valquíria, de Amor e Intrigas (2007), não será sem graça interpretar uma personagem tão boazinha? "A trajetória dela é mais linear mesmo, com uma conduta previsível. O desafio está em não ser chata. E é difícil pra caramba! A mocinha sofre muito e cada lágrima tem que valer, para não banalizar", pensa ela, que tem um método pessoal de composição de personagem. "Juntei o máximo de informação possível sobre o passado da Sofia e vivencio isso como se fosse a minha história de vida. Não penso em gestual e mudança de visual, por exemplo. Minhas ações são consequência do que está se passando dentro de mim", conta. E, antes mesmo que possa se apegar ao papel, Renata já está "tratando" Sofia na terapia. "A cada novela, vou aprendendo e me aprimorando até não sofrer mais. Adoro fazer trabalhos diferentes. Quero chegar ao fim e dizer que fui uma multidão", conclui.

No ar em três novelas


A reprise de Prova de Amor (2005) está no final e Bicho do Mato (2007) já começou há algumas semanas, assim como Promessas de Amor. Ou seja: dose tripla de Renata Dominguez no ar. "Nós, atores da Record, sabemos que corremos o risco de cansar nossa imagem, já que o banco de elenco (composto de 250 atores) ainda é pequeno e há muitas novelas sendo produzidas", diz ela, que, veja bem, não está reclamando: "Adoro trabalhar e fico feliz que continuem me chamando".

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