CENA DE ARQUIVO. VISTA AÉREA. RIO DE JANEIRO. EXT. NOITE
CENA 21. COLÉGIO. SECRETARIA. INT. NOITE RENATA, DE FRENTE PARA O COMPUTADOR, COMEÇA A ESCREVER ROTEIRO, E CONTA PARA MARLI.
RENATA — Resolvi que vou escrever...
MARLI — Como assim?
RENATA — Ai, eu tenho uma imaginação muito fértil, sabe, filha? Eu fico aqui, fazendo o meu trabalho e imaginando...
MARLI — Imaginando o quê?
RENATA — Lindas cenas de amor.... aventuras inesquecíveis... sempre com fortes emoções... muitos mistérios... Tava lendo aqui uns conselhos pra jovens autores e me identifiquei tanto...
MARLI — Que conselhos são esses, mãe?
RENATA — (LÊ) Carta aos novos autores.
Parabéns a vocês, que querem se dedicar à bela e essencial tarefa de contar histórias.
CAM. FECHA EM RENATA.
ENTRADA PARA SONHOS. FUNDE COM
CENA 22. ESCOLA DE TEATRO. INT. NOITE
RENATA E PEPE INTERPRETAM DUETO DE ESCRITORES, QUE DANÇAM SENSUALMENTE EM VOLTA DE MESA COM LAPTOP ILUMINADO, SOBRE O PALCO.
PEPE — O que deve fazer o novo autor para mostrar as suas histórias? Em primeiro lugar, deve ler muito, conhecer os grandes autores, os mais famosos romances e peças, o acervo da tradição, ao máximo.
RENATA — Todo artista deve procurar o máximo de informação e de conhecimento. Mas os escritores, os contadores de história precisam saber e decifrar os mistérios da sua língua, com amor.
PEPE — O escritor que não conhece a língua de seu povo, como conseguirá contar histórias que atinjam o coração dos outros?
RENATA — Tenho pena dos que não sabem escrever e querem ser escritores. Mas se você ama a sua língua e a arte de contar histórias...
PEPE — Se você sabe que não pode viver sem escrever; então mostre suas histórias, sempre que tiver a oportunidade, a quem estiver disposto a conhecê-las. Foi isso que eu fiz, durante toda a minha vida de escritor.
RENATA — Conte suas histórias aos amigos e pessoas queridas, antes de mostrá-las aos outros.Ouça o que eles têm a dizer sobre seu trabalho.
PEPE — Faça leituras públicas.
RENATA — Monte as suas peças.
PEPE — Publique seus livros. Participe de concursos e seleções.
RENATA — Não se magoe com as críticas nem se deslumbre com os elogios.
PEPE — Não se deixe paralisar pela autocrítica, mas também não se deixe levar pela ilusão da própria genialidade.
RENATA — Trabalhe sempre para melhorar seu texto, mas também não caia na armadilha de não colocar o ponto final.
PEPE — É preciso se desapegar da história, para que ela ganhe o mundo, dá-la como pronta, mesmo quando sabemos que podemos ainda melhorá-la.
FIM DO SONHO FUNDE COM
CENA 23. COLÉGIO. SECRETARIA. INT. NOITE
CONT. IMEDIATA DA CENA 21. RENATA E MARLI NAS MESMAS POSIÇÕES.
RENATA — Os contadores de histórias existem em todas as culturas, em todos os povos. Desde tempos imemoriais, cumprimos uma função essencial para a sociedade. Existimos para trazer emoções, alegrias, sabedorias ancestrais, descobertas e partilha de experiências.
MARLI — (LÊ) Desejo de coração que seu trabalho seja tão vitorioso que chegue ao conhecimento do mundo. (T) Que lindo, mãe. Dou a maior força pra você ser escritora. Acho que tem tudo a ver.
RENATA — Obrigada, minha filha. Quem sabe? Com sorte e dedicação, eu ainda viro uma roteirista famosa!
CORTA PARA
CENA 21. COLÉGIO. SECRETARIA. INT. NOITE RENATA, DE FRENTE PARA O COMPUTADOR, COMEÇA A ESCREVER ROTEIRO, E CONTA PARA MARLI.
RENATA — Resolvi que vou escrever...
MARLI — Como assim?
RENATA — Ai, eu tenho uma imaginação muito fértil, sabe, filha? Eu fico aqui, fazendo o meu trabalho e imaginando...
MARLI — Imaginando o quê?
RENATA — Lindas cenas de amor.... aventuras inesquecíveis... sempre com fortes emoções... muitos mistérios... Tava lendo aqui uns conselhos pra jovens autores e me identifiquei tanto...
MARLI — Que conselhos são esses, mãe?
RENATA — (LÊ) Carta aos novos autores.
Parabéns a vocês, que querem se dedicar à bela e essencial tarefa de contar histórias.
CAM. FECHA EM RENATA.
ENTRADA PARA SONHOS. FUNDE COM
CENA 22. ESCOLA DE TEATRO. INT. NOITE
RENATA E PEPE INTERPRETAM DUETO DE ESCRITORES, QUE DANÇAM SENSUALMENTE EM VOLTA DE MESA COM LAPTOP ILUMINADO, SOBRE O PALCO.
PEPE — O que deve fazer o novo autor para mostrar as suas histórias? Em primeiro lugar, deve ler muito, conhecer os grandes autores, os mais famosos romances e peças, o acervo da tradição, ao máximo.
RENATA — Todo artista deve procurar o máximo de informação e de conhecimento. Mas os escritores, os contadores de história precisam saber e decifrar os mistérios da sua língua, com amor.
PEPE — O escritor que não conhece a língua de seu povo, como conseguirá contar histórias que atinjam o coração dos outros?
RENATA — Tenho pena dos que não sabem escrever e querem ser escritores. Mas se você ama a sua língua e a arte de contar histórias...
PEPE — Se você sabe que não pode viver sem escrever; então mostre suas histórias, sempre que tiver a oportunidade, a quem estiver disposto a conhecê-las. Foi isso que eu fiz, durante toda a minha vida de escritor.
RENATA — Conte suas histórias aos amigos e pessoas queridas, antes de mostrá-las aos outros.Ouça o que eles têm a dizer sobre seu trabalho.
PEPE — Faça leituras públicas.
RENATA — Monte as suas peças.
PEPE — Publique seus livros. Participe de concursos e seleções.
RENATA — Não se magoe com as críticas nem se deslumbre com os elogios.
PEPE — Não se deixe paralisar pela autocrítica, mas também não se deixe levar pela ilusão da própria genialidade.
RENATA — Trabalhe sempre para melhorar seu texto, mas também não caia na armadilha de não colocar o ponto final.
PEPE — É preciso se desapegar da história, para que ela ganhe o mundo, dá-la como pronta, mesmo quando sabemos que podemos ainda melhorá-la.
FIM DO SONHO FUNDE COM
CENA 23. COLÉGIO. SECRETARIA. INT. NOITE
CONT. IMEDIATA DA CENA 21. RENATA E MARLI NAS MESMAS POSIÇÕES.
RENATA — Os contadores de histórias existem em todas as culturas, em todos os povos. Desde tempos imemoriais, cumprimos uma função essencial para a sociedade. Existimos para trazer emoções, alegrias, sabedorias ancestrais, descobertas e partilha de experiências.
MARLI — (LÊ) Desejo de coração que seu trabalho seja tão vitorioso que chegue ao conhecimento do mundo. (T) Que lindo, mãe. Dou a maior força pra você ser escritora. Acho que tem tudo a ver.
RENATA — Obrigada, minha filha. Quem sabe? Com sorte e dedicação, eu ainda viro uma roteirista famosa!
CORTA PARA
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